Eu sempre acreditei nas pessoas. Nos sonhos, no amor, na felicidade, nas histórias bonitas. E tive sorte, porque conheci mesmo algumas pessoas boas de verdade. Mas, uma hora eu descobri que nem tudo são flores. E também descobri que algumas coisas eu não aceito. Não consigo e não quero nem tentar mais.
Gostaria de me incomodar menos com pessoas pequenas, situações pequenas. Porque as pessoas pequenas são tão grandes quanto nós as deixamos ser. E eu deixei algumas pessoinhas crescerem tanto que acabaram não cabendo no meu mundo. E agora parei.
Parei porque não é justo. Porque se eu estou feliz hoje, não foi da noite pro dia. Não dormi um dia arrasada e acordei no dia seguinte toda linda, loira e pronta pra tudo. Eu percorri um longo caminho. Suuuuper longo. De tropeços, burrices, recaídas, decepções, falsas amizades, maquiagem borrada e solidão nos domingos à noite. E passou. Tudo passa. Depois de muito trabalho eu encontrei alguém que eu não achava que existia e que fez valer a pena a minha insistência em acreditar nas pessoas e no amor.
Não quero incomodar ninguém com a minha felicidade. Aliás, não entendo mesmo como as pessoas se incomodam com a felicidade de qualquer um. Quero só ficar aqui, quietinha no meu canto, no nosso mundo, que pode não ser cor-de-rosa todos os dias, mas é de verdade. É um mundo estranho onde podemos dizer “eu te amo” quantas vezes quisermos. Onde ainda existe sinceridade, amizade verdadeira e amor de verdade. Nesse mundo esquisito que a gente criou não cabem mais fofocas, nem maldade, nem pessoas pequenas.
No nosso mundo a gente se basta. Eu sou só dele e ele é só meu. E mesmo sob protestos e estranheza de quem nunca sentiu a delícia de gostar de alguém de verdade, a gente tem certeza disso. Absoluta. Não precisamos de plateia, aplausos e falsos elogios. Por aqui a gente só quer paz. A gente só quer continuar feliz. Será que dá pra ser assim?
Just let us be.