Entre as coisas que eu não entendo no mundo estão as pessoas que gostam de academia. Aqueles que malham por prazer. Na verdade, além de não entender, sinto uma pontinha de inveja. Como alguém pode deixar de lado tantas opções junkie existentes na vida para malhar e depois comer uma maçã?? Já tive minha fase de malhadora compulsiva. Aí cansei e decidi ser sedentária forever. Mas diante da pressão das amigas, da sociedade e das minhas calças jeans antigas me rendi e decidi entregar os pontos.
E olha, não é fácil. Depois de meses cultivando o sedentarismo regado a baladinhas durante a semana, cervejas, petiscos e chocolates, eu parei e pensei: é, não estou mal. Meus músculos não são aparentes, minha bunda não é super durinha, mas ainda to bem. Ainda. Aí que a coisa pega. Quando a gente começa a chegar perto dos 30 nossos hormônios começam a gritar. Se antigamente eles gritavam: corre lá ficar grávida que você nasceu pra ser mãe, hoje em dia eles gritam: se você não correr atrás agora, quando fizer trinta vai ser a mais caída do mundo e aí a sua pose de mulher-vaidosa-inteligente e independente vai pro brejo.
Quando você fica muito tempo parada, voltar a fazer exercícios é altamente desanimador no começo. Aí tudo que você quer é ser transparente. O melhor seria ficar invisível naquele ambiente cheio de mulheres que não comem sobremesa, nem carboidratos à noite. Isso sem falar no medo da avaliação física. Quando eu sei que vou ficar ofegante com 10 minutos de bicicleta e vou querer quebrar tudo quando aparecerem com aquela pinça enorme de medir pneus. Se até nossas amigas mais magrinhas conseguem achar algum pneu apertando suavemente com a mão, imagina quando um profissional aparece com uma pinça gigante que consegue encontrar cada centímetro do pneu. E eu nem achava meus pneus tão grandes assim.
Pra mim virou uma questão de honra. Nem tanto pela cara de “não acredito que você está aqui” de todas as pessoas que eu conhecia na academia, mas por que eu preciso fazer alguma coisa mesmo. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo, mas meu corpo pedia pela ginástica e eu não tinha mais pra onde fugir.
Depois da sensação de dever cumprido (não adianta, mas o melhor da academia sempre vai ser a hora que eu estou indo embora) o corpo inteiro começa a doer. Tem gente que diz que é comum, é um sinal de que está funcionando. Na verdade pode ser uma substância anti-ginástica liberada pelo meu cérebro, tentando me fazer desistir. Junto com a dor, escuto vozes bem baixinhas dizendo: “pára com isso, abre uma cerveja e um saco de salgadinho-isopor-com-sal, depois come um chocolate e vai dormir feliz”.
Ainda não sei o que vai acontecer. Provavelmente vou insistir. As vozes estão menos radicais agora e estão chegando a um denominador comum entre o sedentarismo e a malhação. Não, não dá pra me transformar numa mulher-salada com complexo de Barbie do dia pra noite. Mas dá pra maneirar um pouco. Cervejinha agora só no final de semana. Mas alguém aí me explica: final de semana pode começar na quarta-feira se eu for pra academia todo dia?
E olha, não é fácil. Depois de meses cultivando o sedentarismo regado a baladinhas durante a semana, cervejas, petiscos e chocolates, eu parei e pensei: é, não estou mal. Meus músculos não são aparentes, minha bunda não é super durinha, mas ainda to bem. Ainda. Aí que a coisa pega. Quando a gente começa a chegar perto dos 30 nossos hormônios começam a gritar. Se antigamente eles gritavam: corre lá ficar grávida que você nasceu pra ser mãe, hoje em dia eles gritam: se você não correr atrás agora, quando fizer trinta vai ser a mais caída do mundo e aí a sua pose de mulher-vaidosa-inteligente e independente vai pro brejo.
Quando você fica muito tempo parada, voltar a fazer exercícios é altamente desanimador no começo. Aí tudo que você quer é ser transparente. O melhor seria ficar invisível naquele ambiente cheio de mulheres que não comem sobremesa, nem carboidratos à noite. Isso sem falar no medo da avaliação física. Quando eu sei que vou ficar ofegante com 10 minutos de bicicleta e vou querer quebrar tudo quando aparecerem com aquela pinça enorme de medir pneus. Se até nossas amigas mais magrinhas conseguem achar algum pneu apertando suavemente com a mão, imagina quando um profissional aparece com uma pinça gigante que consegue encontrar cada centímetro do pneu. E eu nem achava meus pneus tão grandes assim.
Pra mim virou uma questão de honra. Nem tanto pela cara de “não acredito que você está aqui” de todas as pessoas que eu conhecia na academia, mas por que eu preciso fazer alguma coisa mesmo. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo, mas meu corpo pedia pela ginástica e eu não tinha mais pra onde fugir.
Depois da sensação de dever cumprido (não adianta, mas o melhor da academia sempre vai ser a hora que eu estou indo embora) o corpo inteiro começa a doer. Tem gente que diz que é comum, é um sinal de que está funcionando. Na verdade pode ser uma substância anti-ginástica liberada pelo meu cérebro, tentando me fazer desistir. Junto com a dor, escuto vozes bem baixinhas dizendo: “pára com isso, abre uma cerveja e um saco de salgadinho-isopor-com-sal, depois come um chocolate e vai dormir feliz”.
Ainda não sei o que vai acontecer. Provavelmente vou insistir. As vozes estão menos radicais agora e estão chegando a um denominador comum entre o sedentarismo e a malhação. Não, não dá pra me transformar numa mulher-salada com complexo de Barbie do dia pra noite. Mas dá pra maneirar um pouco. Cervejinha agora só no final de semana. Mas alguém aí me explica: final de semana pode começar na quarta-feira se eu for pra academia todo dia?
2 comentários:
Isso, agora o Evandro Mesquita tá na minha cabeça com "vc não soube me amar!"
Hahahaha...muito bom minha amiga!! Olha, que podemos fazer um compêndio sobre textos inspirados no primeiro dia de malhação...kkk! Amei o 'mulher-salada'..há meses sou uma mulher-salada-com-ricota, affe!!! Bjos bjos...e vou imprimir e pregar no mural da academia...rs!
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