Escrever sempre foi uma necessidade básica pra mim. Questão de sobrevivência mesmo. Todas as vezes que o que eu sentia não cabia em mim, eu recorria aos meus caderninhos. Centenas de desabafos estão por aí. Divididos entre meus caderninhos coloridos. Hoje encontrei um de capa preta. Senti uma coisa estranha quando o vi. E lembrei que ali dentro estavam pedacinhos soltos de uma fase muito difícil. Dolorida. Ali estavam palavras que descreviam momentos em que eu não me reconhecia. Eu fui injusta. Falei demais. Fui egoísta. Não vi que não era só pra mim que as coisas estavam complicadas. Não era só eu que estava passando por uma fase de transição.
Li tudo de novo. E pensei no efeito que aquelas palavras, na maioria das vezes escritas em momentos de total confusão, possam ter causado na cabeça dele. Ao longo do tempo aprendi que temos que tomar muito cuidado com as palavras. Principalmente quando escrevemos. Por que aquilo que está escrito, está documentado. E pode ser lido sempre. As palavras têm poder. Imagina só quando as palavras são ruins. O efeito pode ser devastador. Não deve ter sido fácil pra ele conviver por longos meses com essas páginas. Um tempo atrás, sem pensar muito, pedi o caderninho de volta. E deixei lá um outro caderninho. De capa vermelha. Onde estavam nossos melhores momentos. Palavras que eu escrevi sorrindo. Foi uma coisa meio inconsciente. E eu entendi que, uma hora ou outra, o meu coração acerta o passo sozinho. Sem ouvir minha cabeça de melão.
Lendo o caderninho preto eu vi que aquelas palavras tinham que ficar no passado. Aquelas palavras soaram pra mim como uma lição de intolerância. E de descontrole. Eu estava fora de mim quando escrevia. Não foi legal entender que eu acabei levando mais problemas para alguém que já tinha os seus. E olha que os problemas dele não eram coisa pouca não. Eram problemas de verdade. Dores de verdade. Mas o lado bom disso tudo é que eu entendo agora coisas que não conseguia entender antes. Eu podia sim ter sido melhor. Mas não fui. Não foi de propósito. Eu não estava preparada. Não entendia o que estava acontecendo comigo. Não sabia como agir diante do turbilhão de sentimentos que tomava conta de mim. E dele. Então eu me perdôo sim. Me perdôo por que aqueles erros fizeram de mim quem eu sou hoje. E eu tenho certeza. Depois de fazer um monte de coisas que eu não entendia, eu passei a saber quem eu sou. Agora eu sei quem eu sou. E aquela lá que escrevia coisas nada agradáveis no caderno preto não sou eu.
E em mim não cabe mais aquele caderno. Ele ficava sozinho no meio de um monte de outros cadernos coloridos que eu adoro ler. Então, eu li mais uma vez. Pra garantir que tinha tirado todas as lições possíveis daquelas páginas doídas. Aí arranquei página por página. Piquei todas elas. Joguei os pedacinhos no lixo. Encapei o caderno com contact. E foi assim que o meu único caderninho preto nasceu de novo. Agora ele é colorido. E cheio de folhas em branco.
Li tudo de novo. E pensei no efeito que aquelas palavras, na maioria das vezes escritas em momentos de total confusão, possam ter causado na cabeça dele. Ao longo do tempo aprendi que temos que tomar muito cuidado com as palavras. Principalmente quando escrevemos. Por que aquilo que está escrito, está documentado. E pode ser lido sempre. As palavras têm poder. Imagina só quando as palavras são ruins. O efeito pode ser devastador. Não deve ter sido fácil pra ele conviver por longos meses com essas páginas. Um tempo atrás, sem pensar muito, pedi o caderninho de volta. E deixei lá um outro caderninho. De capa vermelha. Onde estavam nossos melhores momentos. Palavras que eu escrevi sorrindo. Foi uma coisa meio inconsciente. E eu entendi que, uma hora ou outra, o meu coração acerta o passo sozinho. Sem ouvir minha cabeça de melão.
Lendo o caderninho preto eu vi que aquelas palavras tinham que ficar no passado. Aquelas palavras soaram pra mim como uma lição de intolerância. E de descontrole. Eu estava fora de mim quando escrevia. Não foi legal entender que eu acabei levando mais problemas para alguém que já tinha os seus. E olha que os problemas dele não eram coisa pouca não. Eram problemas de verdade. Dores de verdade. Mas o lado bom disso tudo é que eu entendo agora coisas que não conseguia entender antes. Eu podia sim ter sido melhor. Mas não fui. Não foi de propósito. Eu não estava preparada. Não entendia o que estava acontecendo comigo. Não sabia como agir diante do turbilhão de sentimentos que tomava conta de mim. E dele. Então eu me perdôo sim. Me perdôo por que aqueles erros fizeram de mim quem eu sou hoje. E eu tenho certeza. Depois de fazer um monte de coisas que eu não entendia, eu passei a saber quem eu sou. Agora eu sei quem eu sou. E aquela lá que escrevia coisas nada agradáveis no caderno preto não sou eu.
E em mim não cabe mais aquele caderno. Ele ficava sozinho no meio de um monte de outros cadernos coloridos que eu adoro ler. Então, eu li mais uma vez. Pra garantir que tinha tirado todas as lições possíveis daquelas páginas doídas. Aí arranquei página por página. Piquei todas elas. Joguei os pedacinhos no lixo. Encapei o caderno com contact. E foi assim que o meu único caderninho preto nasceu de novo. Agora ele é colorido. E cheio de folhas em branco.
4 comentários:
Agora a curiosidade é sobre o tal caderninhooooooo vermelhooooooooooo. Será q vai pegar de volta algum dia??? Menos mal q não terá motivos para "picar" e jogar no lixo. NÉ??
BjOO BjOOO
Oi, Má!!
Ahhh, acho q me lembro desse caderninho..rs..q mundo louco, não??
Quando vc fala "fui injusta demais, falei demais, fui egoísta", acabo me vendo em algumas situações recentes, em outras de mais tempo...
Mas era o momento, Má. O melhor a fazer naquela hora era ser sincera com vc mesma, abrir o coração de verdade, sem medos. E é muito bom saber q sempre temos um caderninho com folhas em branco para reescrevermos nossa história, cada dia, de uma maneira diferente...aprendendo sempre!
Bjoo!!
Tô te esperando no meu blog! rs.
oi Mary... sabe qual é o melhor de tudo? È vc se permitir ter folhas em branco para colori-las... todos os dias...Eu não escrevo como vc, mas falo como se não existisse consequencia. Jogo todo o sentimento para minhas palavras, mesmo que isso me custe caro. Estou aprendendo, evoluindo, buscando mais meu equilibrio. Ontem li uma frase que quero compartilhar contigo: "a maior parte dos problemas do homem decorre de sua incapacidade de ficar calado" - Blaise pascal...
beijos, sorte e saúde
ahhhh maravilhosa essa foto!!!! Beijos, saudades...
No caminho do bem e do equilibrio.
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