Amor perfeito é nome de flor. Porque aquele que a gente sente, procura a vida toda não é. E nem teria graça se fosse. O amor exige dedicação, delicadeza, cuidado, respeito e sorte. Sim, sorte também. Porque às vezes, um momento estranho da vida, um passo em falso é capaz de acabar com uma história linda. O amor, quando é amor de verdade, não acaba. Mas a história pode acabar. Por um simples desencontro, uma estupidez. Por isso acho que não podemos colocar regras no amor. Muito menos nos relacionamentos. As pessoas são tão diferentes, únicas e suas histórias também.
Lutar por uma história interrompida não é fácil. Não mesmo. Mas vale a pena quando a gente acredita. Pode levar tempo, pode doer muito, pode dar vontade de desistir e mandar tudo pro alto. Porque esperar é uma droga. Esperar coisas que só o tempo pode resolver é um saco. O mais importante é que não podemos ignorar nossos instintos. Se, mesmo contra todas as probabilidades sentimos que temos que ficar ali, naquele lugar, dane-se a opinião da torcida. É lá que temos que ficar. Porque não somos tão sábios a ponto de entender a vida. A ordem dos acontecimentos. Parece tudo uma maluquice sem tamanho, sem critério. Começar de novo algo que parece acabado pode parecer sem sentido.
Só que no fundo, não é assim. Somos imperfeitos como o amor e às vezes precisamos de duras lições para aprender coisas simples. Precisamos crescer. E a gente cresce quando perdoa de verdade, quando se coloca no lugar do outro, quando não age de acordo com o que esperam de nós, mas sim com o que esperamos e queremos para nós mesmos. Porque a gente simplesmente quer ser feliz. E a felicidade só vem pra quem luta por ela. Pra quem sofre, chora, se descabela e enlouquece de vez em quando. Porque sem a tristeza como entenderíamos a alegria?
Ninguém disse que era fácil, não tem manual pra seguir e fazer tudo certo. Não existem fórmulas, regras, pode, não pode. Talvez existam limites. A gente vai até onde agüenta e para por ali, respira, inspira e espera o tempo nos dizer se um amor é capaz de fazer com que a gente dê um passinho a mais, feche a porta e deixe todo o resto para trás.