Muita gente passa pela nossa vida. As pessoas vem, vão, voltam e tornam a ir embora. Alguns ficam. Agüentam tudo com a gente. Mas são pessoas raras. Temos amigos de colégio, colegas de trabalho, amigos para rir, amigos da academia e alguns amigos da onça. Agora, dentre todos estes, são muito poucos aqueles que podemos dizer que são nossos mesmo.
Não importa a distância, a mudança de vida, os problemas do mundo ou as bobagens que a gente faz. Amigo mesmo está sempre lá. Eles não falam sempre o que queremos ouvir. Mas não julgam, não humilham e, principalmente, não falam da gente pelas costas.
É fácil ser amigo de quem é divertido, sem problemas, tem uma ótima personalidade e sempre te faz bem. Os poucos amigos que tenho sabem que eu sou imperfeita, desligada, meio sem noção, fico triste sem motivo e feliz com coisas bobas. Mas eles sabem também que eu considero a amizade sagrada. Que fico feliz com a felicidade das pessoas, sou desapegada e largo quase tudo quando um amigo precisa.
Na última semana reencontrei uma destas pessoas especiais que tenho a sorte de ter na minha vida. A gente se conhece há muuuitos anos, se vê pouco (não por falta de vontade), mas a gente se ama de verdade. Passamos por muita coisa, sofremos juntas e comemoramos também. Eu sou madrinha de casamento dela. Ela é minha. Quando nos vimos foi como se o tempo parasse e no mundo só existissem coisas boas. Desabafamos, falamos de coisas difíceis de falar como se não fossem nada demais, rimos até a barriga doer. Foi como se ainda estivéssemos no colégio e nossos únicos problemas fossem as notas no final de cada semestre.
Tata, este textinho é pra você. Obrigada por sempre estar comigo e me perdoar pela vez que esqueci seu aniversário. Já estou com saudades.