Desde criança nunca gostei de competir. Fugia das aulas de educação física e me assustava vendo o quanto era importante ganhar para algumas pessoas, ou mesmo o quanto gostavam de ver os outros perderem. É verdade, perder é ruim pra caramba. Mas ver os outros perderem nunca vai ser bom pra mim como eu sei que é pra muitas pessoas que torcem por fracassos meus. E eu admito. Me falta estratégia. Me falta malandragem. E me sobram machucados, de tanto cair por não saber fingir. Ou mesmo fechar a guarda de vez em quando pra lidar com tanta gente pequena.
A gente precisa aprender a jogar pra sobreviver. Viver em sociedade. Vai ver por isso ultimamente é mais fácil ser eu mesma em casa sozinha com o meu cachorro. Falo o que quero, a gente se diverte e se ele não concorda comigo late e fica longe, depois volta abanando o rabinho. Sem fingimento.
Parece que uma parte de mim está agonizando. Aquela menina que não conseguia fingir sofreu uma parada cardíaca de tanto sentir coisas que não cabiam dentro dela. E a equipe técnica nem tem desfibrilador.
Quando a gente sofre, tudo o que mais espera é a chegada desse momento. Aquele em que a gente começa a enxergar as coisas mais claramente e toma um tapa na cara da realidade. Aí, pára de acreditar. Pára de esperar que as coisas aconteçam. Pára de fingir que está tudo bem. Mas e aí? E quando tudo passa? Não existe mais o amor. Nem raiva, nem ódio, nem mágoa, nem tristeza... Parece que as coisas perdem a graça.
Podem me chamar de louca, mas eu preciso. Preciso sentir. Qualquer coisa, dor, amor, saudade. Uma tristezinha que seja. Estranho sentir esse momento. Não saber se consigo ser eu sem sentir nada. Lembro que passei muito tempo assim. Não sentia nada e tinha medo. Aí, de repente mudou tudo. O que eu menos acreditava aconteceu. E quando eu perdi o medo de sentir, comecei a entender porque tinha medo antes.
A gente precisa aprender a jogar pra sobreviver. Viver em sociedade. Vai ver por isso ultimamente é mais fácil ser eu mesma em casa sozinha com o meu cachorro. Falo o que quero, a gente se diverte e se ele não concorda comigo late e fica longe, depois volta abanando o rabinho. Sem fingimento.
Parece que uma parte de mim está agonizando. Aquela menina que não conseguia fingir sofreu uma parada cardíaca de tanto sentir coisas que não cabiam dentro dela. E a equipe técnica nem tem desfibrilador.
Quando a gente sofre, tudo o que mais espera é a chegada desse momento. Aquele em que a gente começa a enxergar as coisas mais claramente e toma um tapa na cara da realidade. Aí, pára de acreditar. Pára de esperar que as coisas aconteçam. Pára de fingir que está tudo bem. Mas e aí? E quando tudo passa? Não existe mais o amor. Nem raiva, nem ódio, nem mágoa, nem tristeza... Parece que as coisas perdem a graça.
Podem me chamar de louca, mas eu preciso. Preciso sentir. Qualquer coisa, dor, amor, saudade. Uma tristezinha que seja. Estranho sentir esse momento. Não saber se consigo ser eu sem sentir nada. Lembro que passei muito tempo assim. Não sentia nada e tinha medo. Aí, de repente mudou tudo. O que eu menos acreditava aconteceu. E quando eu perdi o medo de sentir, comecei a entender porque tinha medo antes.
Agora o que me assusta é não sentir. Por que sei que desistir de tudo e não sentir nada é tão difícil pra mim, que eu só consigo fazer uma vez.
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