Sempre tive fascínio por borboletas... Essas flores que voam... Não só pela sua beleza tão despreocupada e pela liberdade... Mas, acima de tudo, elas me cativam por todo o seu processo vital... Quando eu era criança não entendia como uma lagarta (aquele bichinho horrível, rastejante) poderia, um dia, virar uma borboleta... Só acreditei na metamorfose da lagarta, quando assisti todo o processo. Vi a formação do casulo, a preparação e depois uma borboleta saindo de lá... Acho que, a partir daí, passei a gostar muito mais das borboletas, ou das lagartas, tanto faz. E achava que todas as lagartas deveriam ter a chance de virar borboletas um dia. Decepcionei-me também quando soube que a vida das borboletas é tão curta... Sei que a maioria delas vive poucos dias, só algumas espécies chegam a viver meses... Então pensava: será que se as lagartas soubessem que após virarem borboletas elas teriam uma vida tão curta, ainda assim iriam se aventurar e passar por essa metamorfose??? Mas também, de que adianta viver anos rastejando e comendo folhinhas??? Se as lagartas não passassem pelo processo de mudança jamais poderiam voar, passear de jardim a jardim e de flor em flor. Somos muito parecidos com as borboletas... Muita gente escolhe rastejar a vida toda e levar uma vidinha tranqüila, mas sem problemas, sem riscos... Em vez de crescer, aprender e criar asas... É triste saber que a maioria dos momentos bons são efêmeros, assim como a vida das borboletas. Mas não podemos renunciar à felicidade só por que, com certeza, ela não será eterna. Bom, então eu tô aqui, saindo do meu casulo. Vamos??
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