terça-feira, 27 de dezembro de 2011

... Homens, só leiam se tiverem coragem...


Parece coisa do século passado ou feminismo. Mas existem mulheres que intimidam os homens. E não é por termos conquistado nosso lugar no mercado de trabalho e na vida. Mas por sermos bem resolvidas e por não aceitarmos mais qualquer migalha, quer dizer, algumas de nós. Temos passado, assim como a grande maioria dos homens. Mas não queremos ser a “ex de alguém”, intocável. Somo mulheres e temos o direito de tentar de novo.

Já sofremos, demos com a cara no chão e aprendemos bastante. Não basta apenas dar aquele beijo do jeito que a gente gosta. Nem saber falar as palavras certas, ou erradas, exatamente quando queremos ouvir. Depois de tantos machucados e cicatrizes a gente quer mais que isso. A gente quer um homem. De verdade. Que não tenha medo. Porque nós temos. Por mais que possamos parecer ser duras, cansa ser forte o tempo todo. Queremos ser mulherzinha de vez em quando e precisamos de um homem que saiba nos abraçar forte e dizer que tudo vai ficar bem.

Queremos esquecer quem já foi e começar uma história nova. Porque ninguém merece viver de passado. Nosso coração é grande. Ele dói, se estatela em mil pedacinhos, mas se regenera e fica pronto pra começar de novo. Queremos um homem que nos olhe de um jeito diferente dos outros. Que enxergue além do que se vê e do que se fala. Que seja capaz de ver aquilo de mais bonito que temos escondido. Porque mesmo depois de tantos tombos, ainda temos muitas coisas a descobrir. Não somos bobas e não nos entregamos por completo assim. Sempre temos surpresas pra quem tem coragem.

Sabemos que não é fácil. Existem assombrações na nossa vida. E o grande problema dos fantasmas é que eles aparecem assim, do nada. Eles assustam aqueles menos preparados. Mas eu acredito que existe um homem forte para cada mulher inteligente, linda, independente e sim, que é ex de alguém.

Se você aí, quer encarar o desafio, eu garanto que vale a pena. Você precisa de uma dose de paciência e segurança. Você precisa entendê-la e ter suas próprias cicatrizes. E mesmo com alguns machucados não pode ter medo de se jogar de novo.

Precisa saber que, se conquistar esta mulher, ela será uma das melhores coisas que aconteceu na sua vida e vai fazer você se sentir O cara. Ela tem defeitos, assim como você. Mas é só acreditar. Ter certeza de que você é macho e agüenta o tranco. Que você é capaz de aturar os pessimistas de plantão, aqueles que vão te dizer que ela só vai te dar problema, que é "propriedade" de outro (como se isso ainda existisse) e aqueles (as) outros que vão dizer que você devia procurar uma mulher que dê menos trabalho.Elas existem, pode ficar tranquilo. Mulher disponível no fim da noite e de fácil manutenção tem aos montes por aí.

Mas vou te contar. As melhores coisas da vida dão trabalho. E não são pra qualquer um. São pra quem pode. Pra quem é guerreiro. E guerreiro não é aquele cara que beija qualquer e todas as mulheres que ele quiser. Guerreiro mesmo é aquele que beija aquela mulher. Que todos querem, mas têm medo.

Dedico este texto a todas as minhas amigas maravilhosas e intimidantes, a espera de um homem DE VERDADE.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

... Dias melhores...


Deixa pra lá o ano novo. Você quer dias incríveis e melhores pra sua vida? Então, eu tenho algumas dicas...

- Não leve trabalho pra casa.
- Tire alguns momentos do dia para não fazer absolutamente nada.
- Ria mais. Principalmente de você mesmo.
- Chore mais. De alegria, tristeza, raiva, por causa da novela. Enfim, desabafe.
- Conviva com mais crianças e animais. O mundo precisa de um pouco mais de pureza e desinteresse.
- Veja menos TV e mais gente legal.
- Leia mais. Bula de remédio, revistas, gibis, livros, vale tudo.
- Faça menos promessas e tome mais atitudes.
- Tenha paciência com pessoas insuportáveis.
- Não se esforce demais para agradar os outros. Por mais que você engula sapos, muita gente vai continuar não gostando de você e é possível conviver com isso.
- Respeite e seja delicada com as pessoas. Mesmo com aquelas que dão vontade de estrangular. O universo devolve esta boa ação a você (eu espero).
- Aproveite a companhia daqueles que gostam de você mesmo quando você não faz nenhum esforço.
- Não faça dietas malucas. Mexa o corpo como você gosta, sem regras ou horário marcado. Mas tente não ficar parado.
- Beba, coma besteiras, mas seja gentil com você mesmo, não exagere demais. Nem na vida saudável, nem na vida doida. Tudo tem limite, até cartão de crédito :(
- Acredite um pouco mais na sua intuição. Ela quase nunca falha.
- Faça o que você acredita, não importa se a maioria das pessoas acha besteira.
- Aceite que a saudade existe e aprenda a conviver com ela (quem descobrir primeiro pode me ensinar, por favor).
- Não tente ser forte o tempo todo. NINGUÉM é.
- Felicidade não se compra, mas chocolate sim.
- Não acredite em verdades absolutas.
- Não espere encontrar a sua metade. Todos nós somos inteiros.
- Seja maluco de vez em quando. Se exagerar, culpe a TPM ou o stress.
- Faça pedidos. Para Deus, estrelas cadentes, duendes, fadas. O que funcionar para você. Nós merecemos acreditar numa força maior que nos ajuda a passar por esta vida.

E o mais importante. Não se cobre demais. Nem tudo sai como planejamos. A vida muda o tempo todo. Então, siga suas próprias ‘regras’ e vá até onde conseguir. Não ultrapasse os seus limites. Que são só seus e de mais ninguém.   

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

... um ano de sossegar o coração...


Neste final de ano eu não estou a fim de prometer nada. Cansei de me perder no meio de promessas não cumpridas e um pouco de falta de atitude. Depois do turbilhão que vivi em 2011, pensar em resoluções de ano novo parece algo sem sentido e vazio. Os últimos doze meses me mudaram e eu revi minhas prioridades. E fazer promessas realmente não é uma delas. Quero coisas simples. Paz. Gentileza. Cada um no seu quadrado. Pensamentos positivos. Aproveitar melhor meus momentos de descanso. Família unida. Amor dos amigos. Amor de quem eu amo. Quero ser e viver melhor. Eu quero é um ano em câmera lenta, sem mudanças radicais ou grandes surpresas desagradáveis. Quero um ano de sossegar o coração.

Eu sei que não vai ser fácil. Porque a simplicidade é uma das coisas que mais dificulta a nossa vida. E a saudade, quando não tem jeito de acabar com ela, é angustiante e dolorida. Mas os dias passam e a gente não pode parar. Eu tenho sorte. Porque quando o resto do mundo me cansa, eu tenho o meu pequeno universo. Onde as coisas ainda são bonitas e existem pessoas em que se pode confiar. Onde a vida vale a pena. Mas não custa nada vestir uma roupa branca e pedir paz, calma e pureza porque 2012 vai precisar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

... o que cabe em um ano (2)...

Qual o tamanho de um ano? Como seria possível medir o tempo? O nosso tempo. O quanto será que a gente consegue suportar em 12 meses? 365 dias, 8.760 horas. O que sobra da gente depois de um ano que simplesmente virou tudo do avesso? 

Há exatamente um ano, eu era uma menina. Eu era namorada de um menino, morava com os meus pais e três cachorros. Foi quando eu virei tia. Minha vida começou a mudar. Eu amava tanto aquela criaturinha que precisava ser melhor para ela. Precisava merecer esta menina que me fez acreditar que o mundo ainda vale a pena.


Poucos dias depois, o menino me deu um anel. Eu aceitei e não era mais a namorada dele. Eu era a noiva e ele o noivo. E por isso, tínhamos que pensar em ter uma casa nossa. Em organizar uma festa, com a nossa cara, com a nossa turma.


A festa estava quase toda pronta, com data, hora, latitude e longitude. Então meu pai morreu. Não existe outra maneira de dizer. Foi assim mesmo. Ele morreu. Assim, como um soco no estômago. Dói e faz perder o ar.

Mas mesmo sem fôlego precisávamos respirar. Viver. Vendemos a casa. Compramos outra, depois de visitar muitas. Fizemos a mudança. Uma festa. Linda. Exatamente como a gente queria. Agora ele virou o marido e eu a mulher. Com uma casa nossa e uma família bem maior. 

Só um ano se passou e eu que achava que entendia tudo, vi que, na verdade, eu não entendia nada. Agora sou adulta. Sei que não entendo nada. E também sei que, alguns dias dessa vida, eu simplesmente tenho o direito de ser só uma menina que sente falta do pai.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

...Telefone sem fio...


O melhor de crescer e envelhecer é ficar mais seletiva. Com a minhas escolhas e principalmente com as pessoas. Mesmo assim, escolhendo, acho que é difícil escapar do telefone sem fio. É uma estupidez sem tamanho, mas acontece todos os dias. A pessoa te encontra na rua, no mercado, no trabalho, te olha e só aí já tirou centenas de conclusões. É a sua roupa que estava de um jeito, seu carrinho do mercado cheio de bebida, saiu sem aliança de casa, enfim, qualquer coisa vira motivo.

Eu não gosto de medir palavras, nem de me preocupar em como as pessoas me vêem. Por isso tenho tentado evitar ficar perto de pessoas com as quais sei que tenho que pensar bem no que e em como eu falo. Porque no ouvido de algumas pessoas, qualquer palavrinha mal colocada pode virar um absurdo. E, vamos combinar, depois dos 33 anos, ter que ficar medindo palavras perto dos amigos e da família é o fim.

Que fique claro, sou uma pessoa normal ta? Não sou aquele ser humano zen-budista que vive no seu mundo e ignora solenemente os seres inferiores. Como todos nós também ouço e faço fofocas. Mas existem regras para isso. Se o comentário é ruim, só acho válido falar se for ajudar alguém. Se for bom, qual o problema? Porque sim, existem fofocas boas. Às vezes a gente fica sabendo de algo, se empolga e conta, sem necessidade, mas também não por maldade.

Fofoca é analisar a roupa da outra, comentar que fulano está ficando careca, rir das bobagens que alguém diz. Quem nunca fez isso na vida? Agora intriga é usar a fofoca de forma maldosa e inconseqüente. É quando alguém te conta algo que não deve ir adiante e você saí espalhando e deixando a pessoa numa situação ruim. Intriga é algo bem além da simples fofoca, prejudica, deixa marcas que muitas vezes ultrapassam os limites do bom senso. Pior quando ali, no meio do telefone sem fio colocam uma mentirinha, dão uma aumentadinha na história pra ficar mais interessante. É aí que complica.

Já compartilhei informações demais. E fui extremamente julgada por quem não me conhecia e, infelizmente por pessoas que diziam me amar e me conhecer. Aí a culpa é minha. Posso parecer transparente demais, mas se engana quem pensa que eu sou assim, só aquilo que está no perfil do meu blog ou no facebook. Tudo bem, pra muita gente a vida se resume ao seu perfil virtual. Usam as redes sociais pra contar até que estão escovando os dentes, pra brigar, dar indiretas, fazer as pazes e o povo, conhecidos ou não, acompanham que nem novela. Sim, eu tenho um blog. Adoro escrever sobre sentimentos e divagações, mas agüento o tranco das minhas palavras e tenho uma vida muito cheia de coisas para viver. Assim como quase todo mundo eu tenho a minha vidinha virtual. Mas o meu mundo é muito maior. Não cabe numa telinha de computador, nem em bocas e ouvidos maldosos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

... sobre a imperfeição do amor....


Amor perfeito é nome de flor. Porque aquele que a gente sente, procura a vida toda não é. E nem teria graça se fosse. O amor exige dedicação, delicadeza, cuidado, respeito e sorte. Sim, sorte também. Porque às vezes, um momento estranho da vida, um passo em falso é capaz de acabar com uma história linda. O amor, quando é amor de verdade, não acaba. Mas a história pode acabar. Por um simples desencontro, uma estupidez. Por isso acho que não podemos colocar regras no amor. Muito menos nos relacionamentos. As pessoas são tão diferentes, únicas e suas histórias também.

Lutar por uma história interrompida não é fácil. Não mesmo. Mas vale a pena quando a gente acredita. Pode levar tempo, pode doer muito, pode dar vontade de desistir e mandar tudo pro alto. Porque esperar é uma droga. Esperar coisas que só o tempo pode resolver é um saco. O mais importante é que não podemos ignorar nossos instintos. Se, mesmo contra todas as probabilidades sentimos que temos que ficar ali, naquele lugar, dane-se a opinião da torcida. É lá que temos que ficar. Porque não somos tão sábios a ponto de entender a vida. A ordem dos acontecimentos. Parece tudo uma maluquice sem tamanho, sem critério. Começar de novo algo que parece acabado pode parecer sem sentido.

Só que no fundo, não é assim. Somos imperfeitos como o amor e às vezes precisamos de duras lições para aprender coisas simples. Precisamos crescer. E a gente cresce quando perdoa de verdade, quando se coloca no lugar do outro, quando não age de acordo com o que esperam de nós, mas sim com o que esperamos e queremos para nós mesmos. Porque a gente simplesmente quer ser feliz. E a felicidade só vem pra quem luta por ela. Pra quem sofre, chora, se descabela e enlouquece de vez em quando. Porque sem a tristeza como entenderíamos a alegria?

Ninguém disse que era fácil, não tem manual pra seguir e fazer tudo certo. Não existem fórmulas, regras, pode, não pode. Talvez existam limites. A gente vai até onde agüenta e para por ali, respira, inspira e espera o tempo nos dizer se um amor é capaz de fazer com que a gente dê um passinho a mais, feche a porta e deixe todo o resto para trás.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

... amar é para os loucos....

... mais doido é quem me diz, e não é feliz....


Posso parecer maluca por escrever coisas que posso te dizer a qualquer hora. Mas sou assim mesmo. Maluca por letras, palavras bonitas, coloridas e simples. Embora escreva pouco, ainda tenho uma paixão incontrolável por registrar aquilo que sinto e penso.  E agora, o que quero dizer, não importa a quem, é que estou feliz. Tenho muita sorte por poder dividir todos os meus dias com ele. Todas as preocupações, frustrações, alegrias, loucuras e bobagens que antes eram só minhas, agora são nossas.

Meu coração e minha alma estão mais leves por não estarem mais sozinhos. Porque a verdade é que não gosto de ser sozinha. Eu aprendi e consigo ser sozinha, mas não gosto mesmo. Ainda mais depois de conhecê-lo e entender que amar alguém pode ser fácil, delicioso e, o melhor, não dói não. Não precisa de drama, sofrimento e grandes sacrifícios. O amor é espontâneo e recíproco. Simples assim.

É claro que nada nesta vida é perfeito. Nem o amor. Tem a casa pra limpar, as esquisitices de cada um, roncos, noites mal dormidas, cachorros pra educar, contas pra pagar, o stress do trabalho, enfim, os problemas estão aí pra todo mundo. Mas a graça de tudo isso é ter problemas junto com alguém e poder rir de tudo depois.

Podem dizer o que for. Que o amor é cafona, não existe, que casar é para os caretas que gostam de tédio. Mas eu estou aqui para provar que não. Gente, casar é uma loucura. É rock and roll na veia. Tem que ser muito doido pra entrar nessa. Porque não é só a festa, assinar um papel e entrar pro time da vidinha bege. Casar é aprender a ser cúmplice e a se divertir mesmo quando as coisas dão errado. Casar é escolher uma pessoa entre todas as outras. É acreditar, de verdade, que é ele o amor da sua vida. Ter essa certeza, eu sei, é para poucos. Poucos e loucos. E a gente é doido de pedra.  

sexta-feira, 29 de julho de 2011

.....




Não tem sido fácil escrever ultimamente.
Acho que ando ainda mais transparente. Mais intensa.
Muito mais confusa. E cansada...
O que eu sinto, o que está acontecendo, ninguém consegue entender. 
Nem eu. Melhor assim.
Às vezes tudo o que eu preciso é de mim. Da minha companhia.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

.....


Tenho dias difíceis. Dias melhores. Dias sem cor, azuis, vermelhos e dias de tempestade. Às vezes todos os gostos e cores em um dia só. Talvez eu só seja uma pessoa que sente coisas demais. Uma pessoa que se perdeu diante de sentimentos e situações tão conflitantes que não cabem dentro dela.

Nunca aceitei o papel de vítima das circunstâncias. Quando estamos fragilizados por algum motivo é fácil reagirmos assim. Pra mim não. É difícil me sentir frágil, impotente e sem condições para mudar alguma coisa. Fico nervosa demais, exijo demais, minha cabeça não processa informações e parece que eu esqueci como é estar feliz, assim, de um jeito simples.

Sei que tenho muita sorte, muitos amigos verdadeiros, um amor de carne e osso e uma família maravilhosa. A verdade é que estou com medo. Porque não sei como vou ser daqui a dois minutos. Não sei se vou conseguir me acalmar ou se qualquer bobagem vai me fazer perder as estribeiras. Eu sou uma só. E não consigo ser forte o tempo todo. Hoje eu estou assim, com olheiras que não somem com maquiagem e um vazio que não dá pra preencher com nenhuma das coisas existentes nesse mundo.

Não, eu não sou mulher de desistir. Nunca. A vida é muito valiosa para ser desperdiçada. E eu tenho certeza de que não estou aqui para isso. Pode ser que, se eu parar para respirar descubra que não sei onde a minha alegria está escondida. Mas também posso entender que, sem a tristeza, não seria possível encontrá-la.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

... Saudade....

Não estamos aqui por acaso. Todos temos uma ou várias missões importantes nesta vida. Mas algumas pessoas são realmente especiais e tornam o mundo um lugar melhor. Meu pai sabia o que era fazer o bem e nos ensinou que ser alegre é muito melhor do que ser triste. Ele se sacrificou para nós dar aquilo que ele não pôde ter. Graças ao que aprendemos com ele não sentimos culpa, tristeza ou arrependimento por não precisar imaginar o que teria sido, o que poderíamos ter dito. Ele nos ensinou muito sobre caráter, honra, honestidade e amor. Nos mostrou que é possível amar uma só pessoa a vida toda, e ser correspondido. Além de nos mostrar que não devemos deixar para depois aquilo que nos faz feliz hoje.


Ele sempre foi firme, e às vezes até difícil de se lidar, mas era impossível deixar de notar suas boas intenções. Meu pai era um grande contador de estórias. Viveu e viu muita coisa na vida e era capaz de transformar pequenas vivências em grandes e interessantes estórias. A verdade é que ele sabia mais do que a gente. Ele entendia mais do mundo e dos caminhos que a vida segue.

Nós o queríamos aqui e fizemos de tudo para que ele continuasse conosco. Mas ele, sábio como era, entendia que já havia cumprido sua missão. Gostava muito da vida e sabia que não seria fácil viver cheio de restrições. Ele não se dava bem com proibições e odiava receber ordens. Depois de ter feito bem a tanta gente ele podia se dar a esse luxo.

Meu pai sempre será nossa referência e nosso melhor amigo. Não será fácil ficar sem seus olhos azuis, rojões durante os jogos do Palmeiras, apostas com os corinthianos, cuidados com o bigode, palavrões em italiano e cervejinhas de sexta-feira. Mas sei que ele ficaria bravo, muito bravo, se desistíssemos da felicidade por ele não estar aqui.

Agradecemos a todos que nos ajudaram neste momento difícil. Agora ficam as lembranças, a saudade e amor que recebemos dos milhares de amigos que ele tinha. Muito obrigado pelas orações e palavras de incentivo. É por ele que iremos viver com alegria e aproveitar todos os momentos felizes que ainda estão por vir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

...


Viver não é fácil. Pra ninguém. Todos têm seus momentos bons, ruins, horríveis. Passo agora por um momento difícil. Um momento em que gostaria de estar lá, no lugar dele, sofrendo por ele. É difícil ver alguém tão forte (às vezes bravo), se sentindo impotente diante das circunstâncias que a vida impõe. Podemos ser tudo, ter tudo, mas sem saúde, a gente não pode nada.

Nessas horas, quando a gente para e pensa: e agora? o que eu faço?  Ganhamos uma força inexplicável. E percebemos que sempre tem alguém olhando pela gente. Que temos amigos. Que temos pessoas que nos amam de verdade.

Hoje quero pedir. Pedir pra que tudo de certo. Para que ele supere tudo isso logo. Pra que ele volte pra casa, pra junto da gente.

Mas também quero agradecer. Agradecer por todas as pessoas que estão do nosso lado. De verdade. Obrigada amigos. Obrigada família. Obrigada a você, que eu amo tanto e que faz com que eu me apaixone e te admire cada dia mais. Obrigada por estar comigo, ser paciente e compreensivo. Logo isso tudo passa e nossa vida nova começa. Você sabe. Somos um do outro. Não dá pra fugir.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

... Luiza....

Luiza, a coisinha mais linda da tia!

2010 foi um ano muito importante pra mim. Muito mais por anunciar o que me esperava em 2011 do que pelo ano em si. Eu queria que o ano acabasse logo. Como sempre estava cansada, aquelas coisas.... aí... bem no final, 45 do segundo tempo, minha sobrinha nasceu. Na prorrogação eu fiquei noiva. Foram duas das notícias mais felizes que já recebi na vida e que me fizeram esperar pelo ano novo de uma forma muito especial.  

Já imaginava que seria uma tia babona. Defendo e faço tudo pelas pessoas que eu amo. Agora, não sabia que seria possível amar tanto uma criaturinha como eu amo a Luiza. De um jeito que parece não caber em mim. Mas cabe. E não dói. Só me faz bem. Ela tem só dois meses e me ensinou que eu sei amar muito mais do que penso. Por causa dela passei a amar ainda mais o meu irmão e a minha cunhada-irmã pela alegria que eles me deram. 

Quando fiz 30 comecei a ficar com medo daquela história do relógio biológico. A gente começa a achar todos os bebês a coisa mais linda do mundo, fica mais sensível, enfim... pensei: será possível que eu queira ser mãe? Mas já? E é bem nessa hora que surge a salvação da lavoura. A sobrinha. E descobri que o que eu queria mesmo era ser tia. 

E o que aconteceu foi isso: a Luiza acabou de chegar e mudou a minha vida. Ela estar aqui me faz acreditar que esse mundo ainda tem jeito e que a vida é boa. Por causa da Luiza acredito mais em sonhos, choro com palavras verdadeiras, perdi a vergonha de ser (mais) boba e valorizar as coisas simples da vida. 

Ela me faz querer ser melhor. Dá uma vontade de pegar a menina pela mão e dar de graça tudo o que eu penei para aprender de útil e difícil nos meus 32 anos de vida. Embora eu saiba que é ela quem vai me ensinar muitas coisas. Por enquanto, ela que ainda nem sabe falar, me ensinou que detesta ficar parada, não gosta muito que mexam no cabelinho dela e o melhor, ela me mostrou que adora o colo da tia.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

.... Investimento....

Se tem uma coisa boa que o capitalismo nos ensinou é a regrinha da relação custo benefício.  Com dinheiro a gente sabe, não dá pra brincar. Gastou demais? Não adianta chorar, se descabelar... É preciso se perguntar: valeu a pena? Porque a gente gosta de pensar no lado bom, mas sempre nos esquecemos das consequências. Delícia comer uma caixa de chocolate, vendo programas estúpidos na TV... E depois... Consequências minha gente.  Todas as consequências ali, bem no seu quadril. Agora, sair da linha uma vez ou outra, nada que umas horinhas na academia não resolvam. Mas e quando se trata de sentimentos? Aí complicou...

Eu nunca fui muito boa em pensar nas consequências. Nunca tive muito freio, fiz o que tinha vontade e segui o coração. Mas meu coração sempre foi meio burrinho sabe? Meio sem noção. Mas ele sempre se regenerou das minhas relações com muito custo e poucos benefícios.  E hoje, eu acredito que não pensava muito nas consequências porque, no fundo, não sentia que tinha muito a perder. Não sentia que tinha algo realmente meu, que valesse muito a pena se preocupar. 

Mas as coisas mudaram. Acho que cresci e aprendi a capitalizar os meus sentimentos. Não, meu coração não virou de pedra. Mas aprendi a valorizar o que é bom pra mim. E tive a sorte de amar quem também me ama. Só que apesar de todo esse amor, relacionamentos são frágeis. E precisam de cuidado constante. Não dá pra abusar da boa sorte. 

Eu sou meio atrapalhada, mas faço o possível para cuidar bem do meu amor. Porque ele vale muito a pena. E investindo todos os dias, não existem riscos. Só lucro a curto e longo prazo.  

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

... ano novo... de verdade!...


2011 começou diferente. Melhor, mais feliz, mais colorido e cheio de boas energias. Depois de uma noite muito especial com ótimos amigos, aconteceu... e eu sempre achei que não me importava com tradições. Acho que tem certas coisas que a gente diz que não liga porque imagina que nunca vão acontecer.  Ele pediu, me perguntou se eu queria casar com ele. Me deu um anel, que é a nossa cara. Eu fiquei passada. Chorei por vários minutos, como há muito não chorava. Tem coisa melhor do que chorar de felicidade???  Não poderia ter sido melhor. Por isso 2011 não é um ano qualquer. É o primeiro do resto das nossas vidas.

Desejo a todos um ano maravilhoso, com gosto de chocolate e cheio de surpresas boas!!!!!